Síndrome
do Intestino Irritável
O que é essa doença?
A síndrome
do intestino irritável (SII), também chamada
síndrome do cólon irritável, é uma manifestação
intestinal benigna, sem lesão na estrutura
desses órgãos (inflamação, úlceras). Caracteriza-se
por dores e mal-estar no abdome, de forma
intermitente, podendo persistir por vários
anos.
O que aparece além
da dor?
A dor
abdominal pode ser localizada ou difusa
e acompanhada de constipação (dificuldade
para evacuar), sensação de evacuação insatisfatória,
fezes de pequeno volume, prisão de ventre
ou diarréia, sensação de gazes ou dificuldade
em eliminá-los. Não é raro haver uma alternância
entre a diarréia e a constipação.
Qual é a causa da
doença?
As causas
são várias e seu mecanismo, complexo. Sem
dúvida é uma doença funcional, na qual estão
inter-relacionados componentes psíquicos
(estresse, depressão, ansiedade), hábitos
alimentares inadequados (dietas sem fibras,
excesso de álcool ou de gorduras etc.) e
uso de medicamentos impróprios, entre outras
causas. Esses fatores devem interferir na
motilidade e na sensibilidade dos intestinos,
provocando assim o desconforto e a dor abdominal.
Essa doença é freqüente?
Sim,
é muito freqüente. Milhões de pessoas são
afetadas por essa doença, que prejudica
as atividades diárias do doente, interferindo
no seu humor, na capacidade de concentração
ou no relacionamento social. Essas pessoas
despendem importantes gastos de dinheiro
por ano, seja com médicos ou com automedicação.
Como é feito o diagnóstico
da SII?
Só o
médico tem condições de diagnosticá-la,
principalmente o gastroenterologista. É
preciso lembrar que várias doenças graves
podem apresentar os mesmos sintomas da SII,
tais como doenças inflamatórias intestinais
(colite ulcerativa e doença de Crohn), doença
diverticular ou mesmo câncer de intestino.
O diagnóstico é confirmado após minucioso
exame clínico e testes complementares apropriados.
A SII tem tratamento?
Sim.
Antes de mais nada, ele deve ser feito por
um especialista ou por um clínico bastante
experiente. No tratamento serão considerados
todos os aspectos do paciente, tais como
hábitos de vida, hábitos alimentares, orientação
dietética, aconselhamento ou orientação
psicológica, análise crítica de medicamentos
em uso e automedicação, além de medicamentos
para o alívio dos sintomas.
Quais as perspectivas
para o futuro do paciente?
Atualmente,
com a aquisição de novos conhecimentos sobre
o mecanismo da doença e a síntese de recentes
drogas específicas, pode-se esperar um grande
alento ao paciente, que poderá adquirir
melhor qualidade de vida.